Faltam profissionais na Europa

Faltam profissionais na Europa: metade das empresas europeias com escassez de pessoal

Neste artigo, nós vamos te mostrar que faltam profissionais na Europa e metade das empresas europeias não conseguem realizar o trabalho por falta de pessoal

Faltam profissionais na Europa e metade das empresas europeias não possui pessoal suficiente para realizar todas as tarefas necessárias. As conclusões surgem de um estudo em grande escala, realizado por uma companhia de recursos humanos e pagamentos.

Aliás, quatro em cada dez empresas europeias indicam que estão com dificuldades em atrair trabalhadores, nem esperam que esta situação melhore tão cedo. Saiba mais sobre a pesquisa!

Faltam profissionais na Europa

Metade das empresas não possui pessoal suficiente para realizar todas as tarefas necessárias e faltam profissionais na Europa. São estas as conclusões de um estudo em grande escala realizado pela SD Worx, uma empresa de recursos humanos e pagamentos.

Quatro em cada dez empresas europeias indicam que estão com dificuldades em atrair trabalhadores, nem esperam que esta situação melhore tão cedo.

Além disso, um terço também luta para reter pessoal. Sendo assim, para competir na guerra pelo talento, as empresas devem proporcionar formação regular e oportunidades educativas em apoio ao desenvolvimento contínuo do seu pessoal.

Entretanto, a busca por profissionais está longe de terminar.

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Mais sobre a pesquisa

A pesquisa recente, que foi realizada pela SD Worx, uma empresa que é líder na Europa na prestação de serviços de RH e folha de pagamentos, ocorreu com mais de 16.000 funcionários e quase 5.000 gestores de RH em 16 países europeus.

Dessa maneira, os dados mostram que mais de quatro em cada dez empregadores europeus (43%) afirmam ter dificuldades em atrair trabalhadores.

Além disso, a Bélgica e os Países Baixos são os piores neste aspecto de atrair profissionais (56%), seguidos pela França (51%), Alemanha e Itália (45%). Porém, um terço das empresas pesquisadas luta para reter o pessoal existente.

Estes e outros fatores significam que metade (49%) das empresas não consegue realizar o trabalho necessário devido à falta de pessoal e faltam profissionais na Europa. As empresas francesas são as que enfrentam mais dificuldades (61%).

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Soluções apontadas

Sendo assim, uma solução apontada na pesquisa é oferecer aos funcionários oportunidades de treinamento para apoiar seu desenvolvimento pessoal. Mais de três quartos (77%) dos trabalhadores europeus estão bem conscientes de quais são os seus talentos mais fortes e pensam ativamente sobre isso.

É surpreendente que 40% dos trabalhadores estejam conscientes da utilidade da formação para os manter atraentes no mercado de trabalho, embora esta consciência diminua com a idade, especialmente após os 55 anos.

Dos funcionários que lutam para encontrar um novo emprego, metade está consciente de que a formação adicional poderia ajudar a facilitar a sua procura.

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25% dos gestores ainda relutam em oferecer oportunidades de formação

Apesar da importância indiscutível da educação, um quarto das empresas pesquisadas indica ter dificuldades com treinamento e desenvolvimento.

Sendo assim, isto poderia ajudar a explicar por que metade dos trabalhadores não participou em quaisquer cursos de formação em 2022.

Dessa maneira, embora nem todos pareçam ter se importado, um terço dos funcionários não deseja treinamento.

Além disso, os jovens com menos de 25 anos estão especialmente desinteressados ​​em oportunidades de formação (37%), seguidos pelos que têm entre 25 e 29 anos (35%) e entre 45 e 49 anos (33%).

Este desinteresse é mais forte na Dinamarca (47%) e no Reino Unido (44%). Entretanto, 38% de todos os colaboradores inquiridos afirmam que não têm tempo, enquanto 25% dos colaboradores afirmam que os seus gestores estão, na verdade, obstruindo o seu desenvolvimento pessoal.

Faltam profissionais na Europa: colaboradores desenvolvem competências

A pesquisa diz ainda que as pessoas aprendem através do seu trabalho, com ou sem orientação. Dessa maneira, pouco mais de metade (51%) dos colaboradores indicam desenvolver novas competências por meios digitais.

Por isso, os funcionários na Croácia (62%), Itália (61%), Finlândia (60%), Irlanda (57%) e Espanha (55%) são os mais propensos a utilizar o e-learning para desenvolver novas competências na prática.

Além disso, as empresas também estão bem equipadas neste aspecto: nada menos que sete em cada dez organizações têm acesso à tecnologia necessária para fornecer formação digital.

Quase metade (47%) dos trabalhadores na Europa prefere aprender em conjunto com outros (aprendizagem social) – um pouco mais do que os 41% que preferem opções de formação individual.

Há também uma maior preferência pela aprendizagem orientada por um especialista, professor ou treinador (54%) em vez da aprendizagem não supervisionada (34%). Por fim, Veronik Van Loon, líder central, SD Worx Academy diz que “a aprendizagem ao longo da vida é muito importante, seja apenas para atualizar conhecimentos, seja também para desenvolver ou melhorar competências interpessoais”.

Ela afirma ainda que “Desse modo, promover vários talentos e competências entre o seu pessoal não só aumenta a sua capacidade de acompanhar as mudanças, como também beneficia a sua organização.

Entretanto, a formação significa que o pessoal pode ser destacado de múltiplas formas, dando às empresas a flexibilidade para responder mais facilmente às constantes mudanças sociais e tecnológicas”.

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Que empregos precisam de mais trabalhadores na Europa?

Um relatório recente identificou 38 empregos onde faltam trabalhadores e 37 que têm muitos. Uma matéria, publicada pelo portal Euro News em março de 2023 mostra que, embora muitas pessoas tenham dificuldade em encontrar emprego na Europa, outras trabalham em setores que têm dificuldades em encontrar candidatos suficientes.

Quando a procura de trabalhadores ultrapassa a oferta de candidatos a emprego – ou quando há muito poucas pessoas qualificadas, disponíveis e dispostas a realizar o trabalho – o mercado de trabalho enfrenta escassez.

Sendo assim, os trabalhadores para empregos nas áreas de software, saúde, construção e engenharia são alguns dos mais procurados, mostra o último relatório da Autoridade Europeia do Trabalho.

Um estudo de 2022 analisou a situação nos 27 países da União Europeia, bem como na Noruega e na Suíça. Desse modo, das cerca de 400 profissões identificadas, 38 foram avaliadas como tendo escassez generalizada.

Isto significa que pelo menos 11 países os reportaram como tal. Cerca de 38,82 milhões de trabalhadores nos países pesquisados ​​estão empregados nestes empregos.

Além disso, 15 empregos da lista estão relacionados à construção.

pedreiro é a profissão citada pelo maior número de países, seguido de perto pelo carpinteiro e pelo marceneiro. No nível operacional, a lista apresenta ocupações como terraplanagem e operadores de instalações relacionadas, bem como trabalhadores de construção. Os engenheiros civis também estão incluídos na lista.

Faltam profissionais na Europa e em algumas áreas é generalizada

Ainda de acordo com a publicação da EuroNews, não é de surpreender que muitos dos empregos de engenharia onde há escassez generalizada também estejam relacionados à construção, como soldadores, preparadores de estruturas metálicas e montadores.

Contudo, a lista também apresenta ocupações de TI como desenvolvedores de software, programadores de aplicativos e analistas de sistemas.

Entretanto, o setor saúde também ganha destaque, com clínicos gerais e especialistas, profissionais de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas e auxiliares de saúde fazendo parte da lista.

Porém, do setor hoteleiro, os trabalhadores mais procurados são cozinheiros, garçons e garçonetes, padeiros, pasteleiros e confeiteiros. Açougueiros, peixarias e preparadores de alimentos relacionados também são muito procurados.

Outra conclusão importante é que a maioria das profissões listadas sofreu um nível de escassez classificado como grave.

Por isso, os empregos com a maior percentagem de países que os classificam como tal são psicólogos, pintores, condutores de camiões pesados ​​e camionistas, bem como mecânicos agrícolas e industriais.

 

A falta de profissionais vai durar?

Muitas das profissões apresentadas na lista fazem parte de uma tendência de cinco anos, o que significa que são persistentes e não temporárias.

Empregos como pedreiros, motoristas de caminhões pesados, encanadores, enfermeiros, soldadores, eletricistas de construção, desenvolvedores de software, cozinheiros, médicos e mecânicos de automóveis aparecem nas 10 primeiras classificações em todos os quatro relatórios anteriores.

No entanto, alguns dos empregos da lista são novos. Psicólogos e fisioterapeutas entraram na lista pela primeira vez. Além disso, os médicos especialistas fizeram a sua primeira aparição em 2021, enquanto os assistentes de saúde são mencionados desde 2020 e têm aparecido desde então.

Quanto ao setor hoteleiro, os problemas de pessoal enfrentados por muitos países não são um fenómeno novo.

No entanto, com exceção dos cozinheiros – que apareceram em todos os rankings anteriores – todos os demais empregos relacionados à hotelaria são novos. Garçom, açougueiro, padeiro e peixeiro aparecem pela primeira vez.

A escassez relacionada com os acontecimentos atuais pode diminuir com o tempo. No entanto, a situação pode ser mais complexa se a escassez existir durante um período mais longo. Este é, por exemplo, o caso dos trabalhos relacionados com software, que aparecem regularmente no relatório.

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Faltam profissionais na Europa: países mais afetados

O relatório mostra que a escassez está concentrada principalmente no norte e oeste da Europa, embora um número considerável também tenha sido registrado na Itália.

Aliás, a Suíça, a Itália e os Países Baixos registram o maior número de carências nas profissões identificadas, enquanto a Grécia, a República Tcheca e Malta registram o menor número.

É fato que o mercado de trabalho passou por muitas mudanças nas últimas décadas. Vários fatores surgem como pano de fundo no desequilíbrio laboral e explicam por que faltam profissionais na Europa.

Por isso, as mudanças tecnológicas, o envelhecimento da população europeia, a transição para uma economia mais verde e acontecimentos recentes desempenharam um papel importante.

Contudo, as novas tecnologias digitais estão transformando a maioria dos setores da economia e cada vez mais profissões exigem qualificações STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática). No geral, a maioria dos empregados em profissões escassas tende a ter um nível médio de educação e mais qualificações técnicas.

Porém, embora muitas carências afetem empregos qualificados – como profissionais de saúde, construção qualificada ou tecnologias de informação e comunicação – outras dizem respeito a um nível relativamente modesto de qualificação, como os trabalhadores da limpeza.

Créditos do texto: https://vagaspelomundo.com.br/carreira/faltam-profissionais-na-europa/

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